sábado, 3 de outubro de 2009

A IMPERATRIZ



Daleth é a letra hebraica atribuída à Imperatriz. É feminina, azul, dupla e traduz-se como “porta” ou “útero”. No nosso alfabeto é o D. O seu valor numérico é o quatro e representa, simbolicamente, os seios femininos e tudo aquilo que é nutritivo e abundante.
Num nível mais abrangente, podemos dizer que a Imperatriz são as Forças da Vida, actuando e reproduzindo-se no Cosmo. Representa o Princípio Feminino Material, assim como a Papisa encarna o Princípio Feminino Espiritual.
Na natureza, representa as forças que vivificam, nutrem e favorecem o crescimento de todos os seres.
Simboliza a fecundidade em todos os planos e todas as riquezas do feminino.
Para Jung, este Arcano representa toda a função psíquica do sentimento.
A Papisa, unindo-se ao Mago, fez-se mãe, isto é, Imperatriz. Se a primeira é considerada encarnação do Feminino Virginal, a segunda é do Feminino Maternal. A virgindade da Papisa não deve ser entendida num sentido estritamente sexual, mas faz referência a que ela se conservou intacta e integra na sua atitude interiorizante.
A Imperatriz entregou-se ao mundo, a sua matriz desabrochou e os frutos do seu amor preencheram a terra.
Vénus é o planeta atribuído a esta carta, engendra as forças que nos levam à procura de prazer. Rege o amor, a sensualidade, a voluptuosidade, a alegria, a beleza, a doçura e os relacionamentos sentimentais. É o princípio da atracção entre os seres. Vénus emite ondas de simpatia que fazem com que as pessoas desejem estar juntas, ser agradáveis com os outros e amar-se.
Afrodite é a mais sedutoras das deusas, foi cultuada originalmente na Ásia, depois na Grécia, especialmente na Ilha de Citera. Nasceu nas águas marinhas fecundadas pelo sémen de Úrano, deus do Céu, quando seu filho Cronos lhe cortou os testículos. Da espuma surgiu Afrodite, que simboliza as forças irreprimíveis da fecundidade não em seus frutos, mas no desejo apaixonado que ascende entre os vivos.
Podemos ver em Vénus a antítese de Marte. Enquanto este governa a acção, a força, os impulsos instintivos e a agressividade, Vénus favorece a procura da tranquilidade, da paz e do prazer, o amor à vida fácil e o espírito idealista.
Diante do severo, frio e rígido Saturno, Vénus alimenta as tendências para a vida alegre, frívola e despreocupada.
O seu símbolo, que lembra o ankh, cruz ansata ou cruz da vida egípcia, casa perfeitamente com os dez sephiroth dispostas na Árvore da Vida, indicando que por meio do amor, sim, é possível atingir a experiência espiritual de Kether: a fusão com a Totalidade.
Sendo Vénus o planeta da harmonia, os seus efeitos sensibilizam-nos ante todas as manifestações da beleza e, claro, aumenta o nosso desejo de sermos bonitos e sedutores.
A Imperatriz pode indicar gravidez ou nascimento. Pode também significar a figura da mãe e as melhores qualidades femininas
A Imperatriz é mais do que mãe, é também amante. A sensualidade e a sexualidade fazem parte da sua riqueza. O símbolo de Vénus está no seu escudo em forma de coração que se encontra aos seus pés, um símbolo utilizado universalmente para representar a mulher assim como o de Marte para representar os homens. A Imperatriz está ligada a Vénus e a Afrodite, a deusa do amor e da beleza. Ela é a mulher amada – valorizada e estimada. Não tem nada a ver com relações casuais ou com aquelas que se baseiam na luxúria e não no amor. É uma mulher completa – quente, sensual, protectora e estável. É uma óptima carta para aparecer quando estamos a lidar com questões amorosas e conjugais, pois diz-nos que esta é a verdade – amor e sexualidade saudável e não entusiasmo, obsessão ou erro.




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