segunda-feira, 28 de junho de 2010

HISTÓRIA DA ASTROLOGIA - OS PRIMEIROS CRISTÃOS

Parte de um vitral representando os Signos do Zodíaco - Catedral de Notre Dame


(…Continuação)


A cristandade e a astrologia têm sido estranhas companheiras. Inicialmente, havia pouca desarmonia, mas com o tempo, as divisões tornaram-se mais antagónicas. Contudo, em momentos e locais em que se poderia esperar que a hostilidade estivesse no auge, a cristandade mostrou pouco desejo de acrimónia e, em vez disso, revelou-se curiosa sobre o assunto.

SEGUINDO AS ESTRELAS
Os primeiros cristãos não abdicavam da ideia de que os três Reis Magos foram conduzidos até Belém, ao Menino Jesus, por uma estrela (provavelmente uma conjunção tripla de Júpiter, Saturno e Úrano). De facto, certamente os primeiros cristãos achariam muito provável que o nascimento do filho de Deus fosse assinalado nos céus.
Nos três séculos seguintes, a astrologia e a nova religião coexistiram pacificamente, embora houvesse críticos. S. Clemente Romano – um amigo e confidente de S. Pedro e o seu terceiro sucessor como Papa – teria afirmado que os planetas e as estrelas tinham sido postas no céu por Deus para “poderem ser uma indicação de coisas passadas, presentes e futuras.”
Referiu-se aos 12 apóstolos como 12 Meses de Cristo, que era Ele próprio o Ano de Nosso Senhor.

SURGE O CONFLITO
S. Clemente admitiu que “as estrelas” podiam ter um efeito pernicioso, mas garantiu que o Homem podia resistir a ele, pois seria impensável que Deus fizesse o Homem pecar devido a uma disposição perniciosa dos planetas e depois o castigasse por isso. Por outro lado, Tertuliano, que nasceu cerca de 160 d.C. e foi talvez o mais influente dos primeiros teólogos cristãos, defendia que tinham sido os anjos caídos a ensinar a astrologia ao Homem. Mas o mais importante dos primeiros oponentes cristãos da astrologia foi Santo Agostinho (345-430), que argumentou contra ela nas obras Doutrina Cristã e A Cidade e Deus.
Como muitos eclesiásticos, Stº Agostinho não estudou o assunto, apenas repetiu argumentos antigos de eras pré-cristâs. As suas objecções baseavam-se numa ideia errada da natureza da teoria astrológica, mesmo do modo como era praticada na sua época. Quando, por exemplo, defendia que a astrologia é ridícula porque uma vaca e um bebé humano que nasçam no mesmo instante não têm exactamente a mesma vida, estava a demonstrar a sua ignorância relativamente ao que a astrologia afirmava, o que enfraquecia os seus argumentos mais fortes.

DEFENSORES DA ASTROLOGIA
Outros dos primeiros teólogos tinham posições diferentes. Julius Firmicus Maternus, contemporâneo de Stº Agostinho, escreveu um longo tratado sobre astrologia. Em Matheseos (354), aceita a doutrina do livre arbítrio mas acha estranho que os homens vejam as estrelas e planetas como meros elementos decorativos. Retomando os principais argumentos anti-astrológicos um por um, derruba-os com facilidade, demonstrando que, em grande parte, os críticos simplesmente não tinham tentado perceber a natureza ou a técnica da teoria que atacavam. Admite que alguns astrólogos são intrujões e outros tolos e reconhece que o assunto é complicado. Mas afirma que a mente humana é tão competente para lidar com a astrologia como com o mapeamento dos céus e a previsão das rotas dos planetas. Com uma argumentação apresentada de modo brilhante e imensamente complexa, Firmicus derruba contundentemente a superstição e os seus praticantes – “mágicos” que apenas querem assustar as pessoas. Opõe-se ao secretismo e reivindica que os astrólogos, em vez de se esconderem dos olhares públicos como se tivessem vergonha, se coloquem sob a protecção de Deus e rezem para que Ele lhes conceda a “graça de tentar explicar as rotas das estrelas”. O Matheseos é um livro importante e foi citado inúmeras vezes nos séculos seguintes, por astrólogos cristãos e teólogos que queriam mitigar os medos dos leigos quando a Igreja condenava a astrologia.

ÉPOCA DE PERSEGUIÇÃO
Em 358 d.C., começou a grande perseguição aos astrólogos. O imperador Constantino, um convertido, iniciou uma campanha contra a suposta prática “supersticiosa” de afirmar que os corpos celestes tinham algo a ver com os assuntos da Terra e condenou os astrólogos à morte. De certo modo, isso fez parte da batalha iminente entre a cristandade e a ciência. Para Ptolomeu e outros, a astrologia baseava-se na teoria científica da causa e efeito e o seu uso para tratar problemas de saúde, por exemplo, era totalmente racional. Mas a Igreja estava mais interessada na fé.
Muitos dos primeiros teólogos cristãos afirmavam que, no passado, tinha havido espaço para a astrologia, mas que agora – como escrevera Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) – os 12 apóstolos substituíam os 12 signos do Zodíaco enquanto autoridades máximas da conduta da vida humana.
A ruptura com a astrologia não foi abrupta nem total. O facto de a astrologia ter permanecido algo enfraquecida durante os primeiros 1000 anos após o nascimento de Cristo deveu-se, não tanto ao antagonismo da Igreja Cristã, mas ao declínio da aprendizagem clássica. Os novos livros vindos da Grécia preocupavam-se mais com a astronomia do que com a astrologia (os dois termos adquiriram aos poucos significados muito diferentes) e alguns não eram traduzidos para latim. Não tendo portanto impacto sobre a Europa Ocidental.
Os livros astrológicos que eram traduzidos, muitas vezes não explicavam como produzir um horóscopo.
A Astronomica de Manilius (Século I), por exemplo, é um poema espantoso sobre astronomia e astrologia. Contém cálculos em verso que mostra como traçar um mapa do céu para um dado momento, mas não explica como interpretá-lo. Também Boethius (450-524 d.C.) afirma que “os movimentos celestiais das estrelas constrangem as forças humanas numa cadeia de causas indissolúvel”, mas não explica como isso funciona.

A ASTROLOGIA FORA DA EUROPA OCIDENTAL

Astrolábio

Ao mesmo tempo, a astrologia proliferava noutros locais. Por volta de 200 d.C., circulavam na Índia manuais em sânscrito que explicavam uma astrologia muito diferente da do Ocidente. Havia cinco elementos em vez de quatro, por exemplo, e dava-se muita importância aos pontos “invisíveis” do Zodíaco, como os nodos lunares (pontos em que a órbita lunar intersecta a eclíptica). Por volta do Século VIII, faziam-se na Índia horóscopos exactos e complexos. Na Pérsia, também havia um sistema ligeiramente diferente, em grande parte baseado na importância das conjunções astronómicas.
Mas foi no mundo islâmico que a astrologia se tornou uma paixão quase insaciável. Os filósofos islâmicos encontravam no Alcorão a justificação para o estudo da astrologia enquanto instrumento da vontade de Deus.
A invenção do astrolábio (talvez o instrumento científico mais antigo), que revelava o grau da eclíptica que estava no Ascendente num dado momento, foi útil para os astrólogos. A partir do Século VII, criou-se um enorme compêndio de conhecimentos astronómicos e astrológicos e os astrólogos Islâmicos tornaram-se muito mais informados e competentes que os ocidentais.
Para o crescimento da habilidade dos astrólogos islâmicos, contribuíram astrólogos que ainda são relativamente desconhecidos no Ocidente. Masha Allah (762-816 d.C.), o primeiro astrólogo Judeu, de que há registo, indicou o momento correcto para a fundação da cidade de Bagdade e trabalhou na história mundial â luz das conjunções dos planetas Júpiter e Saturno; al-Kindi (801-866 d.C.) foi um dos primeiros estudiosos a pensar no modo como a astrologia poderia funcionar e escreveu um livro De Radiis, no qual defendia que os raios estelares transportavam a influência dos planetas até à Terra.
Albumasar (na verdade, Abu Mashar, (787-886 d.C.), um astrólogo cujo nome é conhecido no Ocidente, trabalhou em Bagdade e escreveu Grande Introdução à Ciência da Astrologia, um livro complexo e muito estruturado que foi estudado e reverenciado pelas gerações seguintes.

UM PERÍODO DE AMBIVALÊNCIA

Fracção do Zodíaco gravado no Chão da Catedral de Canterbury - Signo Câncer

Entre a época de Constantino e a actualidade, a Igreja Cristã tem sido ambivalente em relação à astrologia. Autoridades que se poderia pensar que a condenariam deixaram-na em paz. A Inquisição, por exemplo, só queimou um astrólogo – Cecco d’Ascoli, cuja morte, na verdade, foi por razões políticas – e os papas, de quem se poderia esperar uma reacção mais forte contra a astrologia, muitas vezes apoiaram-na totalmente. Júlio II, Leão X e Paulo III consultavam os seus astrólogos pessoais – alguns sobre assuntos da Igreja, outros sobre questões pessoais. Paulo III (1468-1549) armou o astrólogo Luca Gaurico cavaleiro e fez dele bispo. Gaurico aparecia sempre que se propunha um novo edifício para Roma e gritava em voz alta quando chegava o “momento favorável” para lançar a primeira pedra de mármore.
Leão X (1513-1521) afirmava que o seu astrólogo, Franciscus Pruilus, previa os acontecimentos e a hora exacta dos mesmos e Adriano VI e Clemente VII autorizaram que lhes fossem dedicados almanaques.
Os arcebispos de Canterbury recentes opuseram-se à astrologia de forma mais ou menos violenta (às vezes ao ponto de proibir que se usasse propriedade da Igreja para reuniões). Assim, é irónico que, no sagrado coração da Catedral de Canterbury, cada arcebispo que caminha em direcção à consagração passe por cima de uma passadeira que oculta um enorme e belo Zodíaco gravado no chão.



(Continua…)

Texto do Livro – Astrologia de Júlia e Derek Parker

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O PAPA



O Papa ou o Hierofante, representa o poder espiritual. Reside aí a verdadeira sabedoria, já que ela transcende a matéria. Desta forma, a ordem e rigor da disciplina material de nada servem se não existir uma dimensão espiritual. Tal como a Papisa, é um iniciador. Conhece e comunica os segredos, enquanto ela espera que os outros os venham procurar junto de si. Por trás do Papa já não existe qualquer véu, porque nada há para ocultar. No entanto, a luva amarela, que confirma a origem celestial do seu poder, possui inscrita uma cruz templária, provando que ele se dirige a iniciados.
O Papa está vestido como a Papisa; o azul do seu vestuário espiritual, graças ao seu manto vermelho, projecta a sua sabedoria e o seu amor sobre aqueles que abençoa. A tiara, símbolo da espiritualidade e da autoridade supremas, bem como o seu ceptro, com três travessas horizontais, mostram que reina sobre três planos: físico, intelectual e divino.
Sentado entre duas colunas azuis, que marcam a passagem de um mundo para outro, capta as suas energias. Pela sua verticalidade, símbolo ascensional, a coluna confirma a elevação do homem na direcção de Deus. Ela está em relação com a Árvore da Vida, que contém o alfabeto e com a Árvore do Mundo, que liga a Terra ao Céu, representando o conhecimento que orienta a alma para a perfeição.
O Papa é um guia esclarecido que governa opondo as tendências dos homens umas às outras, a fim de as equilibrar na harmonia. É o Grande Sacerdote que, agindo sobre o mundo material, permanece espiritual, dedicando a sua energia a ajudar os outros. Revela-se bastante indulgente face às fraquezas humanas. Compreende tudo, porque atingiu uma idade em que as paixões apaziguadas lhe permitem manter-se lúcido. É um homem de piedade e de perdão.
Dirige-se às duas categorias de fiéis, representadas pelos dois neófitos ajoelhados perante o trono pontifical. O tamanho dos dois personagens que parecem seguir o seu ensinamento é anormalmente reduzido, o que permite evidenciar a grandeza majestosa do Papa, que concilia e adapta a ciência religiosa às necessidades dos crentes. Deste modo, torna as verdades acessíveis a todos e confere o ensinamento iniciático. O Papa distribui a sua bênção a estas personagens mas não as dirige.
O Papa simboliza a evolução moral e espiritual, a ordem, o controlo de si próprio, a vocação religiosa e científica, a benevolência, o verbo, a maturidade física, a experiência, a acção do poder espiritual sobre o temporal, a sabedoria, a bondade, a estabilidade das forças mentais, a capacidade de síntese, a piedade, a religião e a filosofia intuitiva.


O Papa associa-se ao número 5, número de Cristo, do Verbo e do Homem.
Associa-se à letra , a quinta do alfabeto hebraico, que nos diz que é pelo sopro divino que a vida é criada e se expressa. O sopro é o verbo que permite descobrir o nosso eu.
Astrologicamente, esta lâmina tem afinidade com o signo de Touro. Este signo é de terra e como tal, prático, utilitário e realista. Se Áries é a acção, Touro é a conservação e a luta para conservar o conquistado.
Seu verbo é “eu tenho” e a sua frase de crescimento é: “regozijo-me com as minhas realizações e estou aberto às surpresas e mudanças da vida”. A missão do taurino é harmonizar os factores opostos e facilitar a concórdia.
Este signo é governado por Vénus, é afectuoso e pacífico, mas quando não aguenta mais, explode com uma fúria insuspeita.
É sensual e apaixonado, embora às vezes se mostre tímido. Não gosta de especulação mental. O seu temperamento é forte, embora um pouco lento. É prudente e tenaz, paciente e acumulador. É perfeccionista e apegado aos seus hábitos; assim, facilmente fica escravo das suas rotinas. Adora a boa mesa e sente atracção por tudo o que é belo.
É tranquilo, não gosta de pressa, é reflexivo e com tendência à introversão.
No entanto, o Papa, também pode ser considerado Mercúrio, o mensageiro alado dos deuses e o planeta da linguagem e da comunicação.
Quando está bem localizado é como Mercúrio nos signos que rege: em Gémeos – habilidoso e especialista em discursos e em transmitir informação. Em Virgem – analítico, prudente e inteligente.
Quando está mal colocado, pode ser como Mercúrio nos signos em que se encontra em mau estado; exílio em Sagitário e queda em Peixes, onde existe um grande risco de tendência para dar sermões, para dizer trivialidades ou falar sem pensar.
Alguns significados da carta do Papa:
Sugere conselho sábio e consolação espiritual.
Pode representar um professor que tanto pode ser um instrutor, um guia espiritual ou filosófico. Esta lâmina pode corresponder a alguém real que preenche os requisitos necessários a este papel de guia, no entanto, não é normal que isso aconteça. É muito comum a carta referir-se a um conjunto de acontecimentos que servem para oferecer orientação moral.
Resumidamente o Papa representa a essência da convenção e os valores tradicionais.
Pode ser indicador de casamento.
Pode apontar para responsabilidades legais, contratos e documentos oficiais.
Esta carta também representa alguém que respeitamos e podemos confiar quanto a questões pessoais e alguém cujo conselho procuramos e seguimos activamente.
Pode acontecer que o consulente seja o próprio Papa, sendo-lhe pedido para que assuma o papel de conselheiro, ou que conduza uma situação pelo caminho mais correcto.
Mas, apesar de todos estes aspectos positivos, também pode representar os aspectos repressivos ou ideias e comportamentos rígidos demais.



domingo, 20 de junho de 2010

VEM AÍ O ECLIPSE LUNAR



Os eclipses lunares acontecem na Lua Cheia, quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, estando alinhados entre si com exactidão.
Os eclipses podem ser parciais ou totais, sendo os últimos considerados mais potentes em termos de simbolismo. Este fenómeno (eclipse lunar) ocorre uma ou duas vezes por ano. O eclipse lunar que vai ocorrer no dia 26 deste mês, é parcial e acontece em Capricórnio no 4º 46'. Não é visível em Portugal. Será avistado na Autrália, Ásia Oriental acabando na América do Norte.
A origem da palavra eclipse, vem do grego, que significa “desmaio”. O seu significado mais essencial deriva do próprio nome – ocultamento, perda de luz.
Existem várias correntes de pensamento para a interpretação dos eclipses. Uma delas considera que são de mau presságio, pois as imagens dos eclipses apontam para simbolismos como uma luz a desaparecer, projecção de sombra ou perda de poder. Existe também um sabor de morte e de renascimento – a luz a desaparecer e a voltar. Vistos deste modo os eclipses recaem mais na categoria de presságio – fenómenos espontâneos que assinalam mudanças na vida de um indivíduo ou de uma nação.
A outra corrente de pensamento vê nos eclipses testemunhos poderosos dos trânsitos. Pensa-se que os eclipses, não são unicamente portadores de desastres, embora o possam ser, mas que sensitizam quando caem por conjunção, oposição, quadratura ou outro qualquer aspecto, num planeta natal ou progredido e ângulos, na carta natal dum indivíduo ou de uma nação.
Um eclipse traz à superfície tudo o que estava submerso e põe em evidência energias ocultas. Os efeitos do eclipse podem ser pessoais e colectivos.
O efeito pessoal ocorre quando alguma coisa no mapa do indivíduo é activada dando origem a situações inesperadas. Devemos ter em conta, os aspectos que o eclipse faz com o ou os planetas natais e ângulos do mapa, bem como o signo, o elemento e a casa onde ele se dá.
O efeito colectivo é sentido através de eventos que ocorrem no mundo exterior.
O efeito do eclipse atinge o seu pico no mês que precede o fenómeno propriamente dito. Se o eclipse estiver em aspecto com um planeta no mapa natal ou ângulo, o efeito será sentido durante os seis meses seguintes. Se dentro deste prazo houver algum planeta a transitar pelo grau onde se deu o fenómeno, o efeito será reiterado.
Um eclipse é, na verdade, um trânsito no nosso mapa natal. A orbe normalmente atribuída é de 2 graus, embora para o Sol, Lua ou planeta regente possa chegar a 4 graus.
Quando um eclipse activa um ponto sensível no mapa natal de um indivíduo, este sente-se impelido a abrir mão de tudo o que ficou retido no passado. Muitas vezes é um período em que anjos e demónios interiores são enfrentados.
Os eclipses lunares em particular, podem ser períodos de grande conflito interior, em que as pessoas questionam convicções profundamente enraizadas acerca de si mesmas.
O efeito do eclipse é afectado pelo elemento em que o fenómeno ocorre, criando uma oportunidade na parte da vida representada por esse elemento:
Em signos de fogo, o eclipse estimula o fluxo de energia e actividade.
Em signos de terra, estímulo da existência física e material.
Em signos de ar, estímulo dos processos mentais e de comunicação.
Em signos de água, estímulo das emoções e as questões relacionadas com a segurança.
A casa onde o eclipse ocorre indica a área da vida que requer purificação. Pode acontecer que tenhamos que nos libertar de atitudes antigas, alterar o nosso comportamento, renunciar ao passado e aceitar um fim. A relutância em aceitar este processo pode desencadear uma crise, em especial se a casa estiver também a ser ocupada por um planeta em movimento a transitar o grau do eclipse. Esta crise abre caminho para um renascimento e para o aparecimento de novas possibilidades consoante a natureza da casa.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

CASA IV








Casa de Caranguejo e da Lua
Casa Angular
Elemento água
Polaridade feminina
Qualidade Cardinal

Palavras-Chave: - Lar, pais, infância, padrões herdados, ambiente familiar, vida doméstica, segurança, origens, o que está escondido, introspecção, introversão e também o fim dos empreendimentos e o final das nossas vidas.

A quarta Casa começa com a sua cúspide no Fundo do Céu. O Fundo do Céu é a raiz do Eu interior. Simboliza a segurança básica, aquilo que permite a uma pessoa sentir-se segura. Além disso representa o lar, a família, as origens do indivíduo, indicando a facilidade com que este se integra na família. O que para alguns é seguro, para outros pode não ser. Um indivíduo com o FC Escorpião, por exemplo, terá crescido entre traumas e tragédias, pelo que encontra segurança nisso. Porque ocorreu nos primeiros anos de vida, estas experiências são familiares – e mais tarde recriadas inconscientemente. É no FC que têm origem padrões autodestruidores, o que explica por que motivo a violência ou os traumas podem ser tão aliciantes.
O Eu interior encontra-se isolado nas profundezas do FC. É lá que temos de procurar, se nos quisermos conhecer plenamente. Consoante o signo, a paisagem interior pode ser segura ou perigosa, monótona, ou emocionante, imaginativa ou pragmática, ordenada ou elástica. O FC indica quão introspectiva uma pessoa é e se lhe é ou não fácil explorar as profundezas da alma.
A quarta casa representa o lar, a base a partir da qual, a pessoa pode aventurar-se pelo mundo.
Se se encontrar num signo de água, é provável que esta casa tenha uma forte carga emocional e que a necessidade de ter de partir seja temida. Se se situa num signo de fogo demonstra que a pessoa é confiante nesta esfera. No caso desta casa se encontrar num signo de ar o indivíduo baseia-se na harmonia mental. Situada em signos de terra são lugares de protecção e apoio.
O lar é o sítio onde nos sentimos mais seguros. A noção interiorizada de lar e segurança dependerá das experiências da primeira infância, descritas pelos planetas, signo (s) e regente. Vejamos o exemplo - se a quarta casa em Escorpião indica a presença de conflitos latentes, se se encontrar em Caranguejo aponta para um lar protector (que pode no entanto, ter uma mãe possessiva). A experiência inicial do lar é reproduzida na vida adulta.
A quarta Casa indica qual dos progenitores será responsável pelos cuidados primários. Os planetas na quarta casa representam modelos de pai ou de mãe interiorizados. A criança reconhece aquilo que está programada para esperar, portanto, sempre que o pai ou a mãe se comporta como tal, o modelo é reforçado: Plutão, é forte, dominador e manipulador; Úrano, instável, rebelde e imprevisível; Neptuno, é uma ilusão de perfeição na qual não se pode confiar.
A Lua indica um pai delicado que compreende os sentimentos do filho.
Quiron, um pai cuja ferida está a afectar o ambiente doméstico. Muitos mais exemplos haveria.
Esta casa mostra-nos afinal, como nós vemos os nossos pais. Será muito importante ter sempre presente o mapa dos pais para se poder averiguar melhor o histórico de quem estamos a consultar.









sábado, 12 de junho de 2010

MARTE







Regente de Carneiro e Escorpião
Exaltação em Capricórnio
Queda em Caranguejo
Exílio em Balança
Dia da semana 3ª feira
Cor vermelho
Metal ferro

Palavras-Chave – Vontade, acção, auto-afirmação, agressão, virilidade, auto-preservação, luxúria, paixão, sexualidade masculina, energia, calor, fúria, angústia, raiva, machismo, vigor, impaciência e ânsia.




Marte leva dois anos a percorrer o Zodíaco. Na Astrologia Tradicional é conhecido como o Maléfico Menor, na Astrologia Grega é Ares o deus da guerra
Simbolizando uma força primitiva, iniciadora, a posição do planeta Marte num mapa indica o quanto o indivíduo é determinado. Marte personifica o desejo de conquista e o instinto de sobrevivência, estando associado à virilidade, à paixão, à masculinidade e à potência.
Dinâmico e voluntário, Marte está de tal forma preocupado com as suas necessidades que pode parecer anti-social. A necessidade de revolucionar ou defender e preservar o que já foi adquirido pode manifestar-se como auto-afirmação ou agressão, consoante o posicionamento de Marte. A sua força pode ser sentida como uma chama de revolta fortalecedora, purificadora, ou como um sentimento sórdido de raiva e rancor. Quando Marte está posicionado num signo auto defensivo, o seu efeito é exacerbar esta característica.
Quando está bem posicionado, Marte impõe-se e consegue o que quer, mantendo-se firme perante os obstáculos. Com aspectos difíceis, porém, Marte pode revelar crueldade e agressão descontrolada. Uma característica típica das pessoas com Marte forte ou com Marte num signo de fogo é serem tempestuosas. Refreado pela terra, a fúria leva mais tempo a vir à superfície, mas quando o faz é explosiva. Em signos fixos, a cólera marciana converte-se em rancor e ressentimento. Pelo contrário, quando posicionado num signo de ar, Marte presta-se a queixas e a acessos de raiva gratuitos.
Um Marte bloqueado sente-se indefeso, impotente, frustrado ou apático. Em signos de fogo, a auto afirmação depressa se transforma em agressão. Signos de fogo não se deixam envolver em conflitos quando não querem, mas lutam até à morte para defenderem o que acham justo. Em signos de água a vontade pode parecer fraca – embora, paradoxalmente, tanto Escorpião como Caranguejo tenham força de vontade. Em signos de ar, a vontade pode ser difusa, pelo que o tempo é mais dedicado ao planeamento do que à acção. Não obstante, Marte pode afirmar-se através de comunicação clara e está sempre disposto a dialogar. Em signos de ar, a auto preservação traduz-se em esperteza e astúcia. Quando Marte está num dos resolutos signos de terra, a inércia pode ser um problema. Por outro lado Marte em terra revela um forte sentido de auto preservação e, se necessário, está disposto a enfrentar desafios.
Marte descreve o tipo de homem que uma mulher atrai e pelo qual se sente atraída. Indica a força da sua libido a forma como é expressa e se a mulher se sente à vontade com o lado masculino do seu carácter.
Num mapa masculino, Marte indica o modo como o homem lida com a própria masculinidade e como é visto pelas mulheres da sua vida.
A paixão de Marte coincide com o impulso de desfrutar todos os aspectos da vida. Em signos de fogo, Marte é vulcânico: a paixão emerge de forma espontânea, repentina. Nos românticos signos de água, a paixão não é tão evidente, embora possa ser igualmente forte. Estes signos preferem uma abordagem gradual, que lhes permita saborear a emoção do momento. Na pragmática e sensual terra, Marte é mais directo, sugerindo uma personalidade sem dificuldades em expressar desejo. Pessoas com Marte em ar tendem para uma paixão mais mental que física.
Um Marte bem posicionado sugere um carácter competitivo, que se impõe. Impacientes, insensíveis e brutas, pessoas sintonizadas com Marte são capazes de passar por cima dos outros quando querem alguma coisa. Mas embora seja descuidado, Marte não é falso. Um impulso agressivo de auto preservação é mediado pelo signo onde o planeta está posicionado, podendo actuar de forma velada ou óbvia.
Tradicionalmente, quando Marte está bem posicionado a disposição é corajosa e destemida, embora irascível. Estando mal posicionado, a disposição é violenta, conflituosa e pérfida.
Na saúde Marte rege a cabeça e o nariz, ferimentos no rosto ou no crânio. Enxaquecas, sinusite, dor ardente, queimaduras, cicatrizes, febres, erupções, infecções e inflamações.





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...