domingo, 21 de abril de 2019

NEPTUNO NATAL NA CASA 1



Na Casa 1, Neptuno obscurece a fronteira entre o sentimento de si mesmo como entidade independente e as outras pessoas.
Em casos extremos, os que têm este Planeta na Casa 1 são como espelhos que se limitam a refletir qualquer pessoa ou coisa que esteja diante deles. Uma vez que com frequência derivam a sua identidade do que outras pessoas querem ou necessitam que eles sejam, é provável que os outros busquem neles a sua salvação: “Finalmente, aqui está uma pessoa que realmente me entende e me aprecia, e que é por natureza tudo o que eu necessito encontrar noutra pessoa”. E, no entanto, a lua-de-mel acaba quando o outro percebe de que Neptuno na Casa 1 se abre e se adapta da mesma forma a todos os que podem andar por perto, e não apenas a ele.
Com toda a justiça poderíamos colocar nas nuvens aqueles que têm Neptuno neste posicionamento, pela sua excelente sensibilidade para com outras pessoas; mas também podemos preocupar-nos porque lhes falta um sentimento claro ou bem definido da sua própria identidade e do que os orienta na vida.
Não tendo cristalizado nenhum sentimento de si mesmas, estas pessoas assumem o lugar de outro. Em geral, o impulso da Casa 1 em distinguir o sujeito como indivíduo único e distinto, entra em conflito com a tendência Neptuniana a dissolver-se e a retornar a um estado de integridade indiferenciada.
Precisamente quando constroem algo, ou quando conseguem estabelecer uma base mais sólida, parece que os acontecimentos conspiram para erodir ou minar as fundações… e a estrutura entra em colapso. Por qualquer motivo, pede-se às pessoas com Neptuno Natal na Casa 1 que sacrifiquem o sentimento de serem um eu independente ou renunciem a ele.
Este tipo de estado de não-ego é o objetivo de muitos buscadores da experiência mística, e é provável que este posicionamento de Neptuno signifique um êxito seguro neste aspeto. Mas com toda a razão caberia perguntar se, para começar, Neptuno na Casa 1 teve ou não, alguma vez, um eu ao qual poderia renunciar.
Talvez o problema derive dos primeiros elos com a mãe. Não podemos crescer independentemente nem estar seguros de nós mesmos, a menos que alguém nos tenha amado o bastante como para fazer-nos sentir que somos dignos de ser “alguém”. Uma proximidade simbólica com a mãe é a primeira etapa deste processo. Nos nossos primeiros anos necessitamos de uma mãe bastante próxima, atenta e boa como para obter o valor e as forças que nos permitam chegar a ser indivíduos autónomos.
Se isto não acontece, não só temos medo de ser nós mesmos, mas continuaremos a busca dessa “perfeita adaptação” com outra pessoa que não tivemos em pequenos e adaptando-nos fora de qualquer proporção para a conseguir. Mas o problema é que, se nós não somos suficientes, nenhum outro poderá sê-lo nunca. No entanto, se de meninos estamos seguros do amor da mãe, com o tempo começaremos a sentir-nos capazes de contentar-nos com um pouquito menos. Além disso, quereremos explorar um pouco mais o meio, aventuramo-nos a sair e a experimentar as coisas. Nesta etapa, a mãe deve estar disposta a deixar-nos soltos; caso contrário, isto pode fazer que nos sintamos culpados pela nossa necessidade de ser seres independentes.
Com Neptuno na Casa 1, algo poderia ter andado mal em qualquer destas duas importantes etapas de simbiose e separação. Se não houve um vínculo bastante seguro com a mãe, o nativo poderá ter tido medo de cultivar uma identidade individual forte e independente. Mas, se ela o proibiu de se independentizar, é provável que não tenha tido jamais oportunidade de descobrir quem é por direito próprio.
Com a ajuda de uma terapia ou de alguma das múltiplas formas de autoexploração de que hoje se dispõe, nunca é tarde demais para começar. Ao ter Neptuno na Casa 1, a personalidade ou o estilo podem incorporar qualquer das conotações possíveis do Planeta. 
Embora o seu caráter difuso possa fazê-las parecer misteriosas ou enigmáticas, algumas destas pessoas vagabundeiam pela vida sem objetivo algum. Muitas caem facilmente no rol de mártires e depois ressentem-se se outros se aproveitam delas. Algumas são presa fácil para qualquer que se ofereça para salvá-las ou resgatá-las.
É provável que alguns se voltem para as drogas pesadas e o álcool, numa tentativa de aligeirar as realidades mais duras da vida, para finalmente se encontrarem pior que antes. Existem, no entanto, muitas maneiras positivas de encarar Neptuno. 
Devido a que podem abarcar domínios que vão mais além dos habituais limites da existência, estas pessoas podem ser capazes de dar expressão a imagens e sentimentos coletivos através de algum meio artístico. A sua visão pode ser uma verdadeira fonte de inspiração para outras pessoas que não são capazes de enxergar com tanta facilidade nessas dimensões.
Este posicionamento aparece com frequência nos Mapas de excelentes conselheiros e curadores: a natureza difusa das fronteiras de Neptuno permite-lhes “sintonizar” com outras pessoas e ajudá-las. Alguns dedicam a vida inteira à elevação e à redenção do nosso Planeta.
Se Neptuno está próximo do Ascendente, é provável que, em primeiro lugar, a pessoa jamais tenha realmente desejado nascer. São pessoas que necessitarão aprender a dizer sim à vida para neutralizar a persistente nostalgia de retornar à totalidade oceânica do útero. Alternativamente, estes desejos podem ser projetados para o futuro numa direção espiritual, dando origem à nostalgia mística ou a necessidade de alcançar estados mais elevados de consciência.
Com Neptuno na primeira Casa, o nascimento e os primeiros anos de vida podem ser acompanhados de alguma confusão. Vi este posicionamento em cartas de pessoas cujo nascimento esteve velado pelo mistério ou se manteve oculto de terceiros.
Este tipo de condições iniciais talvez não contribua para o seu sentimento de confiança e segurança na vida, como se se vissem chamados a sacrificar o grau de amor e de atenção que normalmente é dado a um recém-nascido.
Doenças em idade precoce podem ser um fator adicional que acentue ainda mais a tenuidade da ligação com a vida que têm em seu corpo.

CARATERÍSTICAS:

Nasceu cheio de charme, mistério, magnetismo e carisma. É refinado, amável e muito criativo. O seu mundo de fantasias é enorme e passará lá a maior parte da sua vida. É um eterno idealista exposto a sofrer desapontamentos e deceções com as pessoas que ama, por não as ter visto objetivamente. A sua sensibilidade refinada levá-lo-á a perceber as motivações internas das pessoas que o cercam. A sua intuição será notável e desde pequeno talvez tenha vivido experiências paranormais. Na sua vida de adulto sente-se muito atraído por os temas místicos e de metafísica. Muitas vezes, pode chegar a viver emoções que não são as suas, mas as do seu ambiente, isto é, será sobrecarregado com a energia de outras pessoas. Isto pode alterar o seu humor e às vezes prejudica-lo. A água será o seu elemento curativo e viver nas proximidades de uma costa ou praia será muito reconfortante para o seu espírito. A inspiração e a imaginação caraterizam a sua personalidade, tornando-o apto para a música e o teatro em particular, embora todas as manifestações artísticas pareçam adequar-se ao seu temperamento. Na sua fase negativa, a presença deste planeta pode gerar-lhe certos temores ou inseguranças.
É complacente, amável e impressionável. Tende a “dissolver-se” no seu meio e a não causar uma impressão poderosa ou muito vivida nos outros. Especialmente quando criança, pode não ter tido uma noção clara da sua identidade.
Sensível e compassivo, não gosta de brigas e, sem importar o que professa, é pacifista de coração.
NOTA -   É conveniente que os pais de crianças com este posicionamento não recorram a imagens de medo para controlá-las em pequenas, pois são muito sensíveis e impressionáveis. Deverão, pelo contrário, alimentar a grande sensibilidade e afetividade que possuem.



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